Reflexões Inquietas

Trump e a questão monetária

Grande parte das medidas econômicas tomadas pelo Presidente Trump, nesses dois meses de governo, têm sido voltadas a questões comerciais. E o que poderia acontecer na esfera das relações monetárias e financeiras? O interessante nessas duas questões, comércio e moeda, é que quando colocadas lado-a-lado fica evidente sua interdependência. Este é objetivo dos comentários desta nota.

Na esfera comercial, o 02.04.2025 ficará marcado na memória coletiva como o dia em que foi proclamado um tarifaço generalizado, que envolveu todos aqueles países que mantêm relações comerciais com os EUA. Declaração de guerra comercial mundial? Blefe? Reações são esperadas na Ásia e na Europa. E no Brasil?

Terá Trump força para reformular toda a estrutura comercial do mundo? Faz sentido trazer de volta para casa indústrias “velhas” como a automobilística e a siderurgia? Essa indústria da tonelada já não foi substituída pela indústria do grama, onde ocorrem as maiores inovações tecnológicas? 

Na esfera monetária, é preciso lembrar que ser a moeda mundial não é para qualquer um. O ideal para Keynes era que essa moeda fosse internacional e não a moeda de um país. Sua tese não foi vitoriosa. Os Estados Unidos, a superpotência saída da Segunda Guerra Mundial impôs ao mundo o dólar. Depois de um período de cerca de trinta anos, os anos dourados do capitalismo industrial, problemas começaram a se agravar. Isso se deu por conta das inconsistências de ser o dólar um ativo de reserva, mas de ter de manter déficits persistentes em conta corrente.    

É possível que Trump apenas colha menor crescimento econômico ou recessão e maior inflação. E que as desigualdades de renda e riqueza continuarão a escalar. E que serão crescentes as taxas de juros do FED, com seus reflexos nos títulos do Tesouro americano e na ações negociadas em bolsa. Trump vai, então, colocar em risco o papel do dólar como moeda de referência?

Apesar de, no momento, o foco estar totalmente voltado às questões comerciais, parece inevitável que as questões monetárias e financeiras subam, em prazo curto, para o centro das discussões. Isso deverá ocorrer porque comércio e moeda são pares interdependentes e complementares.

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12 respostas

  1. Oi, Luiz.
    Texto muito bom, bem escrito e um belo resumo da situação atual. Contudo, tenho algumas observações.
    Nos 80 anos depois da segunda guerra mundial, não houve guerras diretas entre as grandes potências. Mas não foi um período pacífico. Houve muitas guerras entre países “menores”, outras por procuração, com as grandes potências atuando nos bastidores, e muitas intervenções, principalmente dos EUA. Houve até invasão dos “bravos do Norte” contra a minúscula Granada. Covardia.
    Mas guerras entre titãs não houve. Talvez devido à dissuasão nuclear. Se os países têm bombas atômicas, o tirano pode ficar tranquilo. A Líbia e o Iraque não tinham. Deu no que deu. A Coreia do Norte tem, o ditador fica ameaçando todo mundo e continua lá. Aliás, prova da incompetência americana como polícia do mundo.
    Indo para a economia. Você cita a relação entre o comércio e as finanças mundiais. Bem lembrado. Mas você mesmo já destacou que o mundo financeiro tem uma representação muito maior que o mundo real. Acho até que deveria haver um “erasing quantitative”, uma espécie de Plano Collor, que só atingisse os muitos ricos, reduzindo drasticamente o montante financeiro existente e muito mal distribuído. Utopia? Pode ser. “Não se paga pra sonhar”.
    E, claro, tem a questão climática. Um eufemismo para disfarçar a nossa inoperância, enquanto caminhamos para o abismo. Como solução penso numa espécie de Plano Marshall para o planeta, todo mundo correndo para plantar árvores, governos viabilizando transportes coletivos para todos, gerando mais áreas verdes, mais água e mais energia. Um sonho? Imagine…
    PS: e afinal, onde fica o restaurante japonês?

    1. Valeu Gilton,
      Você tem razão quanto às guerras da segunda metade do século XX.
      Depois do grande açougue de carne humana da primeira metade e, como você mencionou, tendo em conta a questão nuclear, vivemos um período de paz relativa. Guerras apenas regionais, localizadas. Isso foi o melhor (menos pior) que a humanidade conseguiu.
      Partilho seu sonho de olhar para os que pouco ou nada possuem. A “guerra” de hoje é tentar fazer os ricos pagarem só um pouquinho. E vai ser difícil.
      Temo que a questão climática sofra muito. Com Trump ameaçando todo o mundo, o que esperar da COP-30, por exemplo?
      Grande abraço, amigo
      P.S.: O japonês fica na Saúde. Meu filho dirigiu o carro. Deu tantas voltas que nem sei o nome, nem onde fica. Mas, foi bom…

  2. Luiz Afonso, parabéns pelo excelente artigo, que faz, de forma concisa, um ótimo sobrevoo por várias das principais questões comerciais e financeiras/monetárias subsequentes à queda (sob a administração Nixon) do regime do “dólar-ouro”, após a qual entrou em cena, definitivamente, um “novo mundo financeiro” (o das “taxas flutuantes”), que teve no mercado financeiro londrino, com seus esquemas de fundings e taxas/prazos variados, ancorados na Libor (London Interbank Offered Rates), um robusto arcabouço empírico e teórico/conceitual desenvolvido a partir de meados da década de 1960.
    Igualmente importantes as suas considerações sobre as declarações e decisões com que Donald Trump, oscilando entre possíveis “balões de ensaio” (como na questão dos títulos perpétuos) e posições efetivas de força de visão mercantilista e caráter intrinsecamente imperialista/colonialista (como no caso do tarifaço), parece tentar, de forma aparentemente atabalhoada (e nada “ortodoxa” do ponto de vista da diplomacia tradicional), reafirmar a posição hegemônica dos EUA no mundo, em termos econômicos e geopolíticos, que se mostra em declínio desde a consolidação, com erros e acertos, da União Europeia e sua moeda única, e, principalmente, a ascensão econômica/comercial (num certo sentido “contracíclica”, diga-se de passagem, vis-a-vis o mainstream neoliberal) da Ásia, com destaque, certamente, para a China.
    Parabéns!

    1. Obrigado José Luiz, por seus comentários.
      Você sempre avança alguns pontos que enriquecem o debate de ideias.
      De fato, é preocupante que um presidente americano esteja aprisionado a uma visão mercantilista e a um discurso e prática imperialistas.
      Depois que você falou da criação da União Europeia e do Euro, eu percebi que também poderia ter falado da estagnação a que o Japão foi levado por conta dos acordos internacionais, Plaza e Louvre, dos anos 1980.
      Valeu, caro amigo.
      Forte abraço

  3. Luiz, parabéns pelo exceleeeeeeente artigo, conciso e claro, permitindo ao leitor uma reflexão quanto ao desenvolvimento da economia mundial, principalmente quanto às questões associadas ao Comércio e Sistema Financeiro Internacional.
    Aqui chegamos com o desafio colocado pela ação disruptiva do governo americano.
    A experiência passada, baseada em nos acordos de Brenton Woods, Plaza e Londres serão úteis. Entretando, como você tem escrito, o mundo da globalização impôs novos parâmetros a serem incorparados aos debates que se apresentam, principalmente no que diz ao problema da desiqualdade de renda/imposto sobre os ricos, da submissão das políticas monetárias ao FED e incorporação de novas tecnologias aos processos produtivos dos países mais atrasados – no Brasil a oportunidade de aproveitamento das Energias Renováveis, reconfiguração do comércio das nossas comodities e ampliação de ações orientadas para o bem estar da população nas áreas de habitação, educação, saúde e, agora, a maldição da insegurança.

    A hora chegou. A suficiência dos EUA em todas as áreas, apesar da crescente desigualdade social, abre espaço para a exploração de novos caminhos em vários campos que acredito será o foco do Reflexão Inquieta, proximamente.
    De novo parabéns. Sei site motiva novas Reflexões Inquietas.

    1. Obrigado, Carlos, pelos comentários,
      Você chamou atenção para tendências importantes, como problemas de desigualdades sociais, políticas monetárias submetidas ao FED e as novas tecnologias renováveis e limpas.
      Infelizmente, o mundo não consegue avançar socialmente sem despertar o ódio de reacionários, que querem manter tudo como está.
      Até dá para entender, embora é lógico que não se possa concordar.
      Assim, a grande potência que dominou a nossa era, o tempo de nossa vida, reintroduziu a “maldição da insegurança”, em suas palavras.
      Vamos ver o que vai acontecer, mas nada de bom deve vir por aí.
      Abração

  4. Luiz, não são segredo minhas falhas de conhecimento refs. à operacionalização (e talvez mesmo à teorizaçao) das politicas de curto prazo no capitalismo – mas vou ter de correr o risco de vexames para talvez lhe impulsionar ao aprofundamento do texto, que achei bem oportuno – parabéns pela iniciativa, aliás, e siga avante!

    Ao final do 4o. parágrafo, se menciona a inconsistência causada pelo desejo/intenção dos EUA de manterem o dólar como moeda-reserva, o que lhes obriga a manterem déficits comerciais persistentes. O que me veio à cabeça: (1) OBRIGOU NO PASSADO, e hoje isso é residual no esforço de manutenção de ativo-reserva do dólar … ou obriga ainda hoje, e obrigará no futuro, sustentando portanto a inconsistência nos anos vindouros? (2) o argumento se valida por completo se referindo (apenas) a um déficit comercial, … ou se anula, ou se fortalece, se vinculado às transações correntes? (3) sem consultar fonte alguma, arrisco dizer que os EUA devem ser grandes exportadores liquidos de capitais (créditos tradicionais, financiamentos, FDI/IDE) – e isso não contribui para o suprimento de mais dólares quando cresce sua demanda? (4) Em resumo: a sustentação do dólar como moeda-ativo de reserva internacional é então uma questão que envolve comércio de bens, de bens e serviços ou de todo Bal.Pgtos?

    Qto ao 5o parágrafo, concordo que os EUA colherão menor crescimento e inflação antes de (incerta) recuperação do emprego nos setores locais mais tradicionais, com aceleração no ritmo recente de concentração de renda-riqueza familiar. Mesmo com seu duplo mandato-missão, como você aposto alto que o FED preferirá assumir o controle da inflação, donde sua/minha expectativa de longo período de taxas de juros altas. Mas, digo eu: (1) supondo um coeteris paribus global que permita que nossa análise se mantenha restrita aos fatores econômicos usuais no objeto que estamos discutindo, acho que pelo histórico recente esse período de taxas altas, mesmo se anormalmente prolongado, não tenderia a criar movimentos de capital que dificultassem o suprimento de dólares para as reservas de outros países, supondo estável sua demanda conjunta por esse ativo (você concorda? Se discorda, por que?) (2) Por outro lado, a subida suficientemente forte e duradoura dos juros não apenas encareceria o financiamento de transações com velho (Bolsas) e novo (FBCF) capital, como desvalorizaria todo o estoque de títulos públicos e privados já emitidos – e aqui arrisco isto: no caso dos EUA, os respectivos montantes dos títulos desses dois setores emissores devem ser de tal tamanho que se torna impossível, a seus detentores, trocá-los rapidamente, e em escala suficiente para reduzir significativamente prejuízos, por títulos emitidos por empresas e governos de outros países – o que me faz supor (chutar…) que, por este fator apenas, os ajustes nas cotações de câmbio entre as economias centrais não seriam de grande monta – mesmo porque, no cenário global para 6-12-15 meses, não é desarrazoado pensar que outras economias centrais e mais fortes, G-7 e algumas poucas a mais, também tenderão a subir suas taxas de juros mesmo com aumentos de desemprego, pois isto é da lógica de poder do capitalismo. Ou seja, resumindo o que consegui pensar: não consigo perceber qual possa ser o impacto do bem esperável aumento das taxas de juros nos EUA sobre a demanda por dólares e títulos soberanos dos EUA por outros países, sem considerar também o caso dos principais parceiros de transações comerciais e financeiras dos EUA pelo Mundo.

    Espero que você possa nos trazer alguma luz… ainda que, na grande questão do papel do dolar e títulos da dívida pública dos EUA sob a gestão (???) Trump II, no confronto com a China geopoliticamente ascendente, estejamos apenas nos primeiros dias de um processo que deve durar no mínimo 4 anos…

    Abração!

    1. Obrigado, Maurício, pelos seus comentários.
      Duas respostas:
      1. Quanto ao parágrafo IV, entendo que permanece válida a obrigação de o país emissor da moeda mundial manter recorrentes déficits externos. Isso não significa que isso deva ocorrer todos os anos, mas sim que o emissor deva sempre manter déficits maiores que superávits. Isso responde a uma lógica cartesiana: é preciso que haja um fornecimento sempre suficiente de moeda meio-de-pagamento e de reserva de valor nos mercados mundializados. E, inevitavelmente, isso leva ao seu enfraquecimento no longo prazo. Uma contradição lógica quando a moeda de referência é a moeda de um único país.
      Acho que você tem razão em dizer que o fornecimento de dólar aos mercados pode vir por todos os itens do balanço de pagamentos. Mas também acho que há algumas diferenças, que talvez expliquem melhor a situação.
      Robert Triffin, na década de 1960, mas também Bresser Pereira, na atualidade, falam em déficits na conta corrente do balanço de pagamentos. Nessa conta corrente estão registrados o balanço de bens e serviços, os rendimentos e as transferência unilaterais correntes. A palavra-chave aí é transações correntes, que são aquelas “cotidianas” *(essa expressão saiu de minha cabeça, neste instante) e que se relacionam com o comércio mundial, como fretes e juros.
      A conta de capital fala de transferências de patrimônio, por exemplo, enquanto a conta financeira envolve investimentos diretos, investimentos em carteira, derivativos e outros. Ou seja, elas não têm uma relação direta com as operações comerciais e não podem ser pensadas como “cotidianas”. Por exemplo, o Plano Marshall para recuperação da Europa no fim da 2ª. GM, ou o plano de recuperação do Japão (esqueci o nome) envolveram transferência de capital. Também na década de 1980, a globalização econômica envolveu fortes investimentos na Ásia, especialmente na China.
      Em resumo, entendo que a conta-corrente do BP trata do registro de operações ligadas ao comércio, objetivo principal da atividade econômica no pós 2ª. GM. Nesse sentido, elas são “cotidianas” (insisto na palavra, porque não encontro outra melhor). Nas contas de capital e financeira não há essa regularidade (será que esta palavra presta?).
      No mundo de Triffin, mais de 60 anos atrás, havia controle sobre os fluxos de capital. E aí você tem razão, por que a conta-corrente era o centro mesmo das relações econômicas internacionais. Depois dos anos 1980, com a abertura dos países aos fluxos de capital, a parte debaixo do BP ganhou importância.
      2. Quanto ao parágrafo V, seus comentários são tão ou mais difíceis de responder. Por exemplo, você admite que as tarifas de Trump podem trazer redução de crescimento econômico e aumento da inflação. Num quadro como esse, é natural pensar que o FED pode aumentar os juros sobre os Treasuries. E um aumento na taxa de juros americana, usualmente atrai recursos para os EUA. Vide a situação do Brasil nestes últimos anos, quando o BCB aumentou desmesuradamente a SELIC para tentar reverter uma eventual fuga de capitais. O BCB fala em controle da inflação, mas isso é baboseira. O Brasil não tem uma política monetária ativa.
      Por isso, creio não ter entendido bem sua afirmação do item (1) de que a alta dos juros americanos “não tenderia a criar movimentos de capital que dificultassem o suprimento de dólares paras reservas de outros países…”. Por ora, eu me alinho aos analistas que estão estupefatos com o que está acontecendo. Não consigo pensar no nível em que você colocou a questão. Como eu disse logo acima, um aumento de juros nos EUA atrai capitais do mundo inteiro, particularmente dos países que têm seus balanços de pagamentos abertos para fluxos financeiros. Se o aumento dos juros for forte, a sinalização para o mundo será, talvez, catastrófica. Paul Volcker fez isso na entrada nos anos 1980. Foi um pega-pra-capar. As crises de balanço de pagamento na Ásia e América Latina que o digam…
      No item (2), você especula que um aumento forte das taxas de juros americana “desvalorizaria todo o estoque de títulos públicos e privados já emitidos” e que a magnitude desses instrumentos financeiros tornaria impossível a seus detentores “reduzir significativamente prejuízos”. Isso me parece correto. Mas, repito, nós não estamos falando de soluções usuais para mudanças usuais na política monetária. Nós estamos entrando num mundo de possibilidades absurdas. Creio que, de fato, o governo Trump não sabe o que está fazendo.
      A guerra comercial contra a China já está declarada. Trump atacou e a China reagiu. A Europa foi atacada e promete reagir nos próximos dias. Uma guerra comercial pode virar uma guerra militar? Ou será blefe de um presidente que não diferencia um país de uma corretora imobiliária? De concreto, leia no UOL de hoje, matéria que mostra a chegada de navio gigantesco, que trouxe da China mais de 5000 automóveis elétricos ou flex. A ANFAVEA está espumando de raiva. Os chineses já estão, há algum tempo, mandando para cá (e outros lugares) o que não conseguirão colocar nos EUA. Nosso superávit comercial com a China está caindo.
      Até onde iremos? Adam Smith já dizia 250 anos atrás que a falta de uma ordem econômica levaria os países a se comportar como ilhas isoladas (estou misturando Smith com Hemingway) buscando vender o máximo para o exterior e comprar o mínimo. O resultado seria o empobrecimento de todos. Daí a expressão “Beggar thy Neighbour” (empobreza seu vizinho), que deve ser traduzida como política mercantilista ou protecionista.
      Os Estados Unidos, a nação líder do mundo ocidental há mais de oitenta anos, botou a bola debaixo do braço e ameaça sair do jogo. Está cumprindo o prometido. Com isso, Maurício, o que está em jogo é a perda de credibilidade da nação americana e, claro, de sua moeda. Por isso, não sei como eu possa levar algum luz ao que está ocorrendo. Aliás, mudando a figura de retórica, Trump não tirou a bola; ele tirou a luz…
      Abraços

  5. Kkkkkk. É verdade, amigo Luizão, e debaixo de uma chuva de objetos voadores não devidamente identificados. Rsrsrsrs

  6. Excelente. Cirúrgico. Só tenho uma questão para ser discutida como argumento que trará sérios problemas com esse novo paradigma na divisão internacional do trabalho no mundo no período pós-tarifaço do Trump. O que acontecerá com o acordo “tácito” entre EUA com China e países do sudoeste asiático (Tailândia, Coreia do sul, Filipinas, Taiwan, Singapura, indonésia, e outros)? Os EUA tinham prometido capital e transferência tecnológica pra eles produzirem com mão de obra barata e poluirem seus países. E agora, como vai ficar esse redesenho????

    1. Obrigado, amigo Newton,
      Essa sua importante questão falou em acordo “tácito” dos EUA com o Sudeste asiático.
      Isso me lembrou o acordo “tácito” da Rússia com a OTAN, em que o Ocidente não avançaria para o Leste Europeu. A guerra Rússia-Ucrânia parece ser uma consequência, em parte, desse acordo “tácito”.
      Se minha percepção estiver correta, Trump abraçou o isolacionismo, um tema sempre lembrado em terras norte-americanas.
      O protecionismo trazido para o centro da cena não parece compatível com transferência tecnológico para países da Ásia, particularmente porque eles foram pesadamente tarifados.
      O jogo foi zerado. Acho que Trump pegou a bola, botou debaixo do braço e…foi embora pra casa.
      Abração

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