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O objetivo esta nota é o de comentar o comportamento da taxa de câmbio do Brasil frente ao dólar norte-americano. Os comentários pretendem se contrapor ao frisson que atinge o mercado, que ecoa nas páginas da Imprensa.
Para tanto, serão usados argumentos econômicos expostos em artigos dos professores Luiz Carlos Bresser Pereira e André Roncaglia. O primeiro discute a crise “mais política que econômica” do mundo e, em especial, da Europa Ocidental. Para o que importa, o autor entendeu que a Europa Ocidental e a América Latina são regiões semiestagnadas. O segundo recupera o conceito de doença holandesa de Bresser Pereira e lembra que a pauta de exportações do Brasil é dependente em 70% de commodities agrícolas e minerais. “Com isso, produz uma taxa de câmbio, que equilibra as contas externas, mas inibe a inovação tecnológica de ponta”. Dito de outra forma, a taxa de câmbio do setor agrícola está em equilíbrio, mas a taxa de câmbio industrial está valorizada, o que inibe investimentos industriais. A desvalorização atual do real brasileiro pode ser útil à tentativa de reindustrialização brasileira, um tópico visto como prioritário pelo governo?
A primeira seção discute as bases do liberalismo industrial adotado ao final da Segunda Guerra Mundial e as diferenças derivadas do neoliberalismo globalizado e financeirizado, cujos primórdios remetem aos anos 1970 do século passado. A segunda destaca as consequências dessas transformações nos países emergentes: a impossível trindade, a perda da estabilidade financeira, a busca por soluções alternativas e a situação atual do Brasil